27.6.08

Antonina

Eu te penso, Antonina; eu te peço, caço, pesco, meço, arremesso todo meu peso sobre ti. E te concluo, nu, suo, adio o ato, o coito, o ápice do tremor. Estás aí? Estás! Doida. Sempre te achei fraca das idéias, falando demasias, mais que nunca, que sempre, sempre. Do dia em que te cobicei até aqueles lampejos, nunca, nunquinha fui feliz. É que tu te deixas cobiçar, arregalada, regateira, oferecida, exibida toda. Melosa. Dada. Ciosa de cio. Não estás mais aí? Ah, esse comichão do ciúme afiando suas lâminas...